10 de dezembro: direitos humanos, parabéns! (?)

Hoje a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 62 anos. Isso merece comemoração e reflexão. Acho mesmo que devemos comemorar o fato de, após duas guerras mundiais, o Homem ter percebido a necessidade de olhar para os direitos que pertencem a todos, simplesmente pelo fato de sermos humanos. Muito sangue derramado, pouco avanço, mas não há como negar: temos um ponto de partida.

A reflexão fica por conta do artigo 1º: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

E aí? Todo mundo se percebe igual a todo mundo? Todos somos tratados igualmente? Ninguém, por acaso, tem sua razão e sua conciência bombardeadas diariamente pela mídia hegemônica? O espírito de fraternidade paira sobre todos nós? E aí? O que a gente faz?

Ah... É válido salientar que, além de respeito à liberdade, alimentação, saúde, moradia, educação, lazer e trabalho também são direitos humanos, porque não se vive com dignidade, mesmo com toda a liberdade, se não se tem, pelo menos, o que comer.